quinta-feira, 10 de março de 2011

A Geografia Humana da Palestina no Tempo de Jesus

Mapa da Palestina nos Tempos de Jesus

mapa temposdejesus 218x300 A Geografia Humana da Palestina no Tempo de Jesus

Mapa nos Tempos de Jesus

A POPULAÇÃO JUDAICA


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Jerusalem in her Grandeur, engraved by Charles Mottram (1807-76) 1860 (engraving)

Palavras-chave: Palestina, população, gentios, diásporas.*
Idéia central:
Diversidade de povos na Palestina.

A Palestina era habitada por uma população muito diversificada, em virtude da presença de muitos gentios (povos que não eram da família hebraica, ou incrédulos), devido a várias mudanças políticas ocorridas ao longo dos séculos anteriores.

Este fenômeno demográfico teve suas raízes por centenas de anos de domínio da região, por outros povos, que subjugaram os judeus, provendo cativeiros e diásporas pelo mundo antigo, além de obrigar a fuga de grandes contingentes populacionais para outras regiões. Estima-se que nesta época, a população total de judeus era de quatro milhões de pessoas, porém, somente setecentos mil judeus, desse total, viviam na Palestina.

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* O termo “diáspora” é usado com muita freqüência para fazer referência à dispersão do povo judeu no mundo antigo, a partir do exílio na Babilônia no século VI a.C. e, especialmente, depois da destruição de Jerusalém em 135 d.C.

A POPULAÇÃO DA JUDÉIA

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Fonte: www.wikipedia.org

Palavras-chave: Judéia, miscigenação, classes superiores.
Idéia central:
A População da Judéia

A Judéia era habitada pelos chamados “judeus puro sangue”, sem miscigenação de raças, como no caso das outras províncias. Haviam porém, classes superiores: os Saduceus, com uma cultura helenizada, os Farizeus, constituída por sacerdotes, os Essênios, como uma seita menor, além dos Herodianos e Zelotes. As extravagâncias dessas classes ou seitas judaicas, associadas ao exagero dos governantes dominadores no tempo dos gregos, e mais tarde dos romanos, contribuíram para acirrar o zelo e nacionalismo de sua população, difícil de mudar de opinião, apegada à lei e aos costumes, e às crenças a respeito do único Deus.

A POPULAÇÃO DA SAMARIA

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The Entrance of Ancient Samaria, 1870 (w/c on paper)

Palavras-chave: Samaria, povos miscigenados, hostilidade.
Idéia central:
População miscigenada

A Samaria tinha uma população miscigenada. Na época em que o Reino no Norte foi dominado pelos Assírios, houve o cativeiro de Israel, que levou muita gente para outras regiões do império, enquanto, por outro lado, trouxe muitos povos de divergentes pontos para a Samaria. Com o passar dos tempos, esses povos miscigenados passaram a se autodenominar judeus. Havia uma grande hostilidade entre samaritanos e judeus “puros”.

A POPULAÇÃO DA GALILÉIA

a populacao da galileia 300x211 A Geografia Humana da Palestina no Tempo de Jesus

Sea of Galilee or Genezareth, looking towards Bashan, April 21st 1839, plate 36 from Volume I of 'The Holy Land', engraved by Louis Haghe (1806-85) pub. 1842 (litho) Stapleton Collection, UK

Palavras-chave: Galiléia, mescla de culturas, contato constante, intenso comércio.
Idéia central:
Mesclagem Cultural

Durante muito tempo, a província foi chamada de “Galiléia dos gentios”, por haver, nessa região, muitos árabes, fenícios, egípcios e sírios. Com o retorno dos judeus do cativeiro da Babilônia, alguns deles se estabeleceram na Galiléia e a região foi perdendo essa designação. Esta mescla de culturas e temperamentos, o contato constante da população com estrangeiros que percorriam suas terras, e o intenso comércio que se estabeleceu nas proximidades do mar da Galiléia, no lado Ocidental, contribuíram para que sua população contornasse preconceitos religiosos.

Por esse motivo, Jesus encontrou ali ambiente favorável pra desenvolver seu ministério de mais de um ano, onde realizou seus primeiros milagres. Na Galiléia, foram escolhidos os primeiros discípulos de Jesus, e foi lá que Ele viveu até o início de seu ministério.

A POPULAÇÃO DA PERÉIA

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A População da Peréia

Palavras-chave: Peréia, judeus, gregos
Idéia central:
Habitantes da Pereia.

A Peréia ficava a Leste do Mar Morto, subindo pelo Rio Jordão no sentido Norte, na direção de Péla. Assim como na Judéia, seus habitantes eram, em sua maioria, quase puramente judeus, embora também houvesse a presença de gregos em suas terras.

A POPULAÇÃO DE DECÁPOLIS

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A Palestina no século I d.C.

Palavras-chave: porção territorial, cidades.
Idéia central:
habitantes de Decápolis.

Essa porção territorial ficava na parte Leste do Mar da Galiléia, descendo pelo Rio Jordão. Na região Sul dessa área, entre as cidades de Hipos, a Sudoeste, até Filadélfia, e mais ao Sul em direção a Paréia, habitavam principalmente gregos, e na parte Norte, na região onde ficavam os distritos de Ituréia, Traconites e Gaulonies, habitavam gentios de várias nacionalidades.

IDIOMAS

Palavras-chave: língua, trilíngües.
Idéia central: Idiomas falados na Palestina.

No Oriente, a língua predominante e franca era o grego e além desta língua, os habitantes da Palestina falavam o aramaico e o hebraico. As evidências arqueológicas e literárias apontam para o fato que Jesus e seus discípulos eram trilíngües.

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A Geografia Política da Palestina do Tempo deJesus

Herodes, o Grande:

Palavras-chave: Palestina, Herodes, Jerusalém, obras de embelezamento
Idéia central:
Governante da Judéia

No ano de 63 a.C, o general romano Pompeu subjugou* a Palestina. Assim, durante todo o período do Novo Testamento, a região foi dominada pelo poderio romano. Em 40 a.C, o senado romano nomeou Herodes, o Grande, rei da Judéia. Nesta mesma época, a Síria e a Palestina foram invadidas pelos Partos*, e Matatias Antígono, foi declarado rei de Jerusalém. Em 37 a.C, Herodes, depois de sucessivas batalhas contra os exércitos de Antígono e seus aliados, torna-se vencedor, retomando a Palestina, e assim, o único governante da Judéia. Herodes ampliou significativamente o reino ao longo das décadas seguintes. Sua paixão pela pompa, o desejo de ver o seu nome imortalizado, e ao mesmo tempo, a necessidade de apaziguar uma população hostil, dando-lhes trabalho, fizeram com que o Herodes investisse na construção de grandes obras de embelezamento de Jerusalém. Assim, a cidade passou a ser transformada por novas edificações, como um suntuoso palácio a Noroeste da Cidade Alta (o Palácio de Herodes), a ampliação e revitalização do Templo do Senhor (Templo de Herodes) (Mt 2:1-19; Lc 1:5), a construção da Fortaleza de Antônia* e de novas muralhas. Herodes, o Grande, foi o patriarca da descendência Herodiana, reinando de 37 a 4 a.C.

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* subjugar. 1. Vencer submetendo ao jugo, ao império. 2. Dominar moralmente. 3. Dominar pela força física. 4. Reprimir; refrear.

* A Pártia, também conhecida como Império Arsácida, foi a potência dominante no Planalto Iraniano a partir do século III a.C., e controlou a Mesopotâmia de maneira intermitente entre c. 190 a.C. e 224 d.C. A Pártia era o arquiinimigo do Império Romano, ao limitar a expansão deste ao leste além da Capadócia (Anatólia central).
* Construída dentro de Jerusalém para protegê-la.

A Sucessão de Herodes, o Grande

Palavras-chave: reino, Império Romano, governadores
Idéia central:
A divisão do reino.

Após a morte de Herodes, o Grande, o reino foi dividido entre os seus três filhos, onde Herodes Antipas, foi Tetrarca (administrador de uma quarta parte) da Galiléia até a Peréia, de 4 a.C a 39 d.C (Mc 6:14-29; Lc 3:1; 13:31-35; 23:7-12), Herodes Filipe, foi Tetrarca da Ituréia, Traconites, Gaulanites, Auanites e Batanéia, entre 4 a.C e 35 d.C (Lc 3:1) e Herodes Arquelau, foi Etnarca (administrador da nação) da Judéia, Samaria e Iduméia, de 4 a.C a 6 d.C (Mt 2:22). Os desmandos administrativos de Arquelau, na Judéia, fizeram com que ele fosse deposto pelo Império Romano.

Estes mesmos desmandos, obrigaram José, Maria e Jesus, ao regressarem do Egito, a se estabelecerem em Nazaré da Galiléia, ao invés de fazê-lo em Belém da Judéia (Mt 2:21-23). No lugar de Arquelau, a partir do ano 6 d.C, assumiram sucessivos governadores, sendo que, na época da morte e ressurreição de Jesus, a Judéia era governada pelo juiz Romano, Pôncio Pilatos.

A Geografia Histórica da Palestina, no Tempo deJesus

Palavras-chave: Palestina; evangelhos; Jesus.
Idéia central: História da Palestina

A História da Palestina no período neo-testamentário, contada nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, está diretamente ligada, no campo da Geografia Histórica, ao advento do nascimento, juventude, ministério, morte e ressurreição de Jesus.

O Nascimento de Jesus e a Fuga para o Egito:

Segundo a tradição cristã, Jesus nasceu em Belém, nos dias do rei Herodes, o Grande, que morreu na primavera (Abril) de 4 d.C.

O nascimento de Jesus, ocorreu provavelmente em dezembro (o décimo mês)* (Lc 2:1-7). De acordo com Lc 2:22-24, a criança foi apresentada no Templo, em Jerusalém. Ameaçados por Herodes, José e Maria decidiram fugir para o Egito, por uma rota costeira, via Ascalom, até a região do delta do Rio Nilo (Mt 2:1-18).

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* O antigo calendário romano tinha apenas 10 meses. Júlio César, que morreu em 15 de Março, 44 a.C. teve um mês nomeado após a sua morte, e Augusto César, que faleceu em 19 de Agosto de 14 d.C., teve outro mês, ou seja, julho e agosto. Com isto, Setembro que era o sétimo, passou a ser o nono mês.

A Volta do Egito e Jesus no Templo:

Palavras-chave: Jerusalém; doutores; Páscoa.
Idéia central:
Jesus no templo.

Após a morte de Herodes, o Grande, temendo Arquelau, que havia sido nomeado Etnarca da Judéia, a família retorna a Nazaré, que já estava sob o domínio de Herodes Antipas (Mt 2:19-23). E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Durante a viagem de retorno, José e Maria deram falta de Jesus, retornaram a Jerusalém para procurá-lo e encontraram o menino debatendo com os doutores do Templo (Lc 2:4-50). Em Nazaré, Jesus viveu até sua idade adulta (Lc 2:51,52).

O Batismo de Jesus e a Viagem ao Deserto:

Palavras-chave: público; batizado; deserto.

O contato de Jesus com o público, se deu entre 27 e 28 d.C.

Saindo de Nazaré e descendo em direção ao Mar Morto pelo lado da Peréia, Jesus encontrou João Batista e foi batizado no Rio Jordão (Mt 3:13-17).
Permaneceu, então, quarenta dias no deserto, nas proximidades de Jericó (Mc 1:13), quando retornou para a Galiléia (Mt 4:12).

De Nazaré a Cafarnaum:

Palavras-chave: milagre; cidade; apóstolos.

Jesus fez seu primeiro milagre em Caná (Jo 2:1-11), ao Norte de Nazaré, para onde retornou e acabou não sendo bem aceito. De lá, dirigiu-se a Cafarnaum, cidade ao Norte do Mar da Galiléia, onde se estabeleceu (Mt 3:13), e nomeou os doze apóstolos (Mc 3:13-19; Mt 10:1-4).

O Ministério em Caná e Nazaré:

Palavras-chave: sinagoga; Caná da Galiléia; Naim.
Jesus volta a Nazaré, onde prega em uma sinagoga (Mc 6: 1-6), e a Caná da Galiléia (Jo 4:46), e também ao Sul, em Naim (Lc 7:11-17).

O Ministério pelo Mar da Galiléia:

Palavras-chave: mar da Galiléia; barco; púlpito; pescadores; cidades costeiras.

A maior parte do ministério de Jesus aconteceu ao redor do mar da Galiléia. Algumas vezes, ele usava um barco como púlpito, enquanto a multidão ficava à margem, ouvindo seus ensinamentos. As travessias de Jesus por barco, de uma margem à outra, eram constantes. Seus primeiros apóstolos eram pescadores. Jesus se movimentava pelas cidades costeiras de Cafarnaum, Betsaida, Genesaré, Magadã, Sennabris, Gergesa e suas circunvizinhanças. Todo o ministério de Jesus, neste período, foi relatado em Mt 4:18; 8:18,23-24; 9:1; 13:1; 14:13-34; 15:29-39; em Mc 2:16-20; 2:13; 4:1,35-41; 5:1-21; 6:32-53; 8:1-10; em Lc 5:1-11; 8:22-39; 9:10-17; e em Jo 6:1-25.

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* Lucas 2:22-40, descreve que Maria e José levaram o Menino Jesus ao Templo em Jerusalém, quarenta dias após seu nascimento, para apresentá-lo a Deus, de acordo com a lei judaica.

A Visita a Tiro, Sidom e Cesaréia de Felipe:

Palavras-chave: viagem; região árida.

A única vez que Jesus deixou os limites tradicionais da Terra Santa, foi durante a sua viagem a Tiro e Sidom (Mc 7:24; Mt 15;21-29), e de lá, dirigiu-se para a Cesaréia de Felipe (Mt 16:13-20), depois, contornando pela região árida de Decápolis (Mc 7:31), até retornar por Gadara, ao Mar da Galiléia.

Jesus em Jerusalém:

Palavras-chave: viagens de Jesus; ministério; milagres.

O Evangelho, segundo João, registra várias outras viagens de Jesus à Jerusalém, as quais não são mencionadas nos outros evangelhos (Jo 2:13; 3:21; 5:1-18). Na viagem relatada pelos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), Jesus saiu de Cafarnaum, rumo a Jerusalém, passando por Tiberíades, Citópolis, Salim, cruzou o Jordão, e seguiu para o Sul, até Betsabara. De lá, foi para Jerusalém, onde desenvolveu boa parte de seu ministério, com feitos maravilhosos, milagres, levando as Boas Novas ao povo judeu, e também aos gentios, e instruindo seus discípulos quanto à retidão de seus caminhos. (Jo 4:1-42; 5:1-18; 7:1-10; 10:40; 11:1-44,54). Depois, retornou para a Galiléia, através da Samaria.

A Última Viagem de Jesus a Jerusalém:

Palavras-chave: ascensão, ministério terreno, execução, cruz, ressurreto.

Quando se aproximavam os dias da sua ascensão (Lc 9:51), no final da permanência na Galiléia,Jesus começou a predizer aos discípulos, o seu destino em Jerusalém, dirigindo-se pela última vez a esta localidade, para a consumação de seu ministério terreno. Saiu da Galiléia e entrou na região da Judéia, além do Jordão (Mt 19:1,2), e pela Peréia, chegou a Jericó, Betânia, Betfagé e finalmente, fez a entrada triunfal, em Jerusalém (Mt 20:17,29-34; Mc 8:31; 10:1.32,46-52; 11:1-2; Lc 9:51-56; 10:38-42; 13:22; 18:31-42; 19:1-10;28-35; Jo 12:1-8).

No dia seguinte, aconteceu a Última Ceia (Mc 14:15; Lc 22:12). Jesus foi com os discípulos passar a noite no Getsêmani, onde foi preso. Jesus foi acusado, julgado e condenado. Em seguida, foi levado para fora do Segundo Muro de Jerusalém, para um monte pedregoso chamado Gólgota.
Sua execução se deu segundo a prática dos romanos, ou seja, pregado em uma cruz. Ele foi sepultado, ali perto, em um túmulo emprestado. Jesus, como ele mesmo havia anunciado, e cumprindo a vontade do Pai, ressuscitou dentre os mortos no terceiro dia, levando sobre si todos os pecados da humanidade. Os evangelhos registram aparições do Cristo ressurreto, na Galiléia e na Judéia, que finalmente ascende aos céus, no Monte das Oliveiras (At 1.2-12).

A Geografia Econômica da Palestina nos Tempos de Jesus

Agricultura, Pecuária, Pesca e Proto-Indústria:
Palavras-chave: produção, Palestina, terreno, vegetação, pesca, metalurgia, extração.

A produção agrícola na Palestina era diversificada, com o aproveitamento dos vales e planaltos elevados, como áreas de cultivo de grãos, como o trigo e cevada, e das encostas das montanhas, para o pastoreio. O terreno montanhoso de vegetação rasteira, dava pastagens para as ovelhas e gado. Nas encostas das montanhas, além dos vinhedos, eram cultivados os figos, romãs, castanhas, tâmaras e azeitonas. A pesca era desenvolvida ao longo da costa do Mediterrâneo e em torno do Mar da Galiléia. A metalurgia, já florescia com o cobre e ferro, e as olarias, com tijolos de barro e cerâmica rudimentares. A extração de sal, no Mar Morto, e a produção de corantes de púrpura, também existiam, nessa época.

O Comércio:
Palavras-chave: proventos, impostos, rotas, especiarias, escravos, tecidos, Palestina.

Herodes, o Grande, obteve grandes proventos financeiros para a Judéia, com o comércio intensivo e a coleta de impostos do povo judeu, subjugado. Haviam várias rotas comerciais por terra e mar. Jerusalém era o principal centro comercial, e cidades costeiras como Gaza, Jope e Tiro, eram também centros comerciais de grande movimento, recebendo especiarias, como o vinho, frutas, ervas e temperos da Grécia e da Ásia Menor, além de escravos e grãos do Egito. tecidos como seda, provenientes da China e da Índia, e especiarias arábicas, vinham via Mar Vermelho, pelo Golfo de Ácaba, até a cidade de Elate, e de lá, por terra, distribuídos por toda a Palestina. No Oriente, ficava a cidade de Damasco, de onde provinha, por terra, grandes variedades de produtos orientais, principalmente temperos e especiarias.

As Estradas:
Palavras-chave: Estradas, território, comércio, mercadorias.

Estradas rudimentares, desprovidas de pavimentação, cortavam todo o território e facilitavam o comércio. As mercadorias eram transportadas em lombo de mulas, e as pessoas viajavam a pé, em carroças ou liteiras. Uma das estradas, partia de Jerusalém, na direção sudoeste, para Belém e Gaza, outra, para o oeste, no sentido de Emaús, e ainda outra, na direção nordeste, para Betânia, Jericó e Damasco. Havia uma estrada que cortava a Transjordânia, através de Decápolis, até Cafarnaum. Outra importante estrada, subia, costeando o Mar Mediterrâneo de Gaza, até Tiro. A Via Maris, saia de Damasco, passava por Cafarnaum e Nazaré, em direção à zona costeira.

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Trabalho apresentado pela aluna Rita de Cassia Paglione, à disciplina de Geografia Bíblica, ministrada pelo Prof. Ricardo Cunha Bagnato, do curso de Bacharelado em Teologia da Faculdade Teológica Batista de Bauru (FATEO). Bauru, 2008.

Um comentário:

  1. Excelente conteúdo! Muito bom!
    Irá ajudar bastantes nos meus estudos.
    Deus abençoe vocês.

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