domingo, 13 de março de 2011

Arte Egípcia


Arte EgípciaA arte Egípcia era criada principalmente pelos desejas dos distintos faraós, já que todos procuravam construir edificações que perdurassem ao longo do tempo e passarem à posteridade. Esta é a principal razão porque utilizavam pedras para as suas construções. Os edifícios mais significativos foram os templos, onde se honrava os deuses e a tumbas, onde se guardava a memória dos defuntos.

Os templos são construídos pelos faraós para os seus eternos pais. Existem vários tipos mas sempre se escolhe como característico o templo de Konsu en Karnak. Os arquitectos Egípcios não utilizam a abobada pela que se trata de uma arquitectura de lintel, criando uma característica sensação de estabilidade. Os seus muros eram extraordinariamente amplos e acabavam inclinados, diminuindo a sua largura à medida que se elevavam.

Estes edifícios estão amplamente bem decorados com elementos vegetais ou animais, ou com hieróglifos, situações histórias, etc. A maioria destas decorações se realizou em relevos, sendo uma das principais fontes para o conhecimento da história do Egipto. Antes de aceder ao templo, nos encontramos com uma longa avenida flanqueada por estátuas de animais divinos, habitualmente esfinges ou carneiros de Amon.

Os obeliscos situados na frente decoram a fachada. A avenida finaliza diante da fachada do templo chamada pilono, que tem forma de trapézio e está construída de forma inclinada, abrindo-se no centro uma porta de acesso também trapezoidal. O pilono nos permite entrar num pátio rodeado de colunas nos lados, restando a zona central a céu aberto. O seu nome é a sala hipetra. Depois se acede a uma nova dependência com colunas, agora totalmente coberta.

Esta sala de colunas de denomina sala hipostila. Desde este lugar se passa-se ao santuário, um espaço rectangular rodeado de corredores onde se encontra a estátua do deus. As diferentes salas do templo vão diminuindo em altura e em iluminação, manifestando-se também uma diferenciação social em cada uma delas. Desta forma, o povo apenas pode aceder até aos pilonos, enquanto as classes superiores como podem passar à sala hipetra. A família real tem acesso à sala hipostila e os sacerdotes e o faraó ao santuário.

Para além dos templos construídos com pedras, se realizaram algumas outras escavações na rocha. Estes recebem o nome Grego de “speaos”, que significa “caverna”. Estes templos se encontram em Ipsambul, em Núbia. Nas tumbas se aprecia uma evolução ao longo dos diferentes períodos. A primeira que se utilizou foi a mastaba, em forma de banco de onde vem o seu nome. O enterramento se realiza num cemitério onde o corpo é fechado com terra. A nível do solo encontramos a capela onde se depositam os alimentos, decorada com imagens em relevo ou pinturas com temas fúnebres.

Posteriormente se passa à pirâmide escalonada, formada por diferentes mastabas sobrepostas, sendo a mais famosa a de Sanakht. O seguinte passo encontramos na IV Dinastia, com as pirâmides de Kheops, Khefren e Micerino, de perfeita estrutura e com a câmara funerária absolutamente dissimulada, apesar de esta não ter evitado os saques das épocas posteriores.

Já no período tebano se renuncia as grandes edificações para construir as tumbas nas falésias da região de Abidos. As portas de acesso estavam dissimuladas ao máximo e algumas vezes se duplicavam as entradas para evitar os saques. Este tipo de tumba escavada é denominado por hipógeas.

Em relação à escultura Egípcia, nos encontramos com uma dualidade muito significativa: as estátuas que representam os deuses e os faraós são tremendamente estáticas, mostrando uma absoluta rigidez, pelo que se chamou de lei da frontalidade. Os braços estão colados ao corpo e uma das pernas avança sem abandonar a rigidez.

Por outro lado, as estátuas das personagens secundárias como os escribas, os funcionários dos animais estão realizados com um naturalismo digo de se destacar. Estas estátuas se movem, criando a sensação de vivacidade e espontaneidade. Os faraós e os deuses são maiores do que as outras pessoas, mostrando uma lei hierárquica.

As imagens geralmente se desenvolvem em filas paralelas apesar de por vezes se mostram em diversos cenários de maneira simultânea. A temática destes relevos está normalmente relacionada com a vida da ultra tumba ou com imagens relacionadas com o defunto, pelo que graças a estas imagens se pode conhecer com maior facilidade o Antigo Egipto. A pintura está muito relacionada com o relevo já que manteve a ausência da perspectiva, a representação da figura e o local dos cenários. Utilizam cores planas e têm carácter decorativo.


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