domingo, 13 de março de 2011

Pirâmides Egípcias


Pirâmides EgípciasAs pirâmides são o símbolo por excelência da cultura do país do Nilo. Apesar das investigações mais actuais, existem muitos mitos em volta delas.

Isto é devido principalmente à complexidade das suas construções, já que se tratavam simplesmente de edifícios funerários, sem que tenham uma grande carga simbólica, assim como a infra-estrutura necessária para a sua construção e manutenção, que inclui uma tecnologia e uns meios muito avançados para a época.

Antes inclusive do período dinástico aparecem já certas tumbas cuja parte visível estava recoberta por um montículo de areia, símbolo da aparição do sol, do renascimento a uma nova vida. O nascimento e o renascimento se unem em um só. O que num princípio era apenas uma tumba passava a ser também a morada do defunto e, portanto, há que ter no seu interior tudo que é necessário para a subsistência.

O conceito da elevação para o sol surge na III Dinastia, constituindo toda uma revolução, tanto ideológica como arquitectónica.

Em concreto, o segundo faraó da Dinastia III, Netchervjet encarregou um grande sacerdote de Rá, Imhotep, que também era arquitecto, a edificação da sua tumba. Segundo a tradição, Imhotep construiu uma mastaba. Mas, sem que saber bem a razão, a transforma numa pirâmide. É então quando aparece pela primeira vez o conceito de “elevação”. A piramida passa a ser uma escada em que o rei sobre ao céu.

É neste momento quando convergem as duas concepções do mais além: a tradicional ou subterrânea e a que sobe até ao celestial. Em pouco tempo, a pirâmide passa a ser a representação da comunhão do faraó com a divindade. A importância de Imhotep e de Netchvjet não apenas radicaliza nas suas novas concepções religiosos, como também no novo uso que dão à pedra na arquitectura.

A partir de Snefru, primeiro faraó da IV Dinastia, tem começo a procura da construção das pirâmides geometricamente perfeitas. Se deixa de lado a forma em escadas e se passa às pirâmides lisas. Neste momento também se começa com a edificação dos complexos funerários que caracterizaram o Reino Antigo, compostos por uma estrutura piramidal básica, várias pirâmides “secundárias” e dois templos unidos por uma avenida.

Este anseia por conseguir a perfeição da forma piramidal o que podemos encontrar na construção das duas pirâmides de Dahchur, conhecidas como romboidal e vermelha. Na primeira, “O brilho do sul”, teve de corrigir o ângulo de inclinação excessivo inicial, suavizando-o posteriormente para evitar uma possível inundação.

Isto levou Snefru a construir uma nova pirâmide, a vermelha, ou “Pirâmide Brilhante”, onde se consegue uma notável perfeição arquitectónica. A maior plenitude de formas e proporções nas pirâmides se alcançou deixado do reinado do filho de Snefru, Jufu (Keops). No planalto de Guizé, um pouco mais a norte de Dahchur, se construiu a maior pirâmide conhecida, “O horizonte de Jufu”. A partir de então, as dimensões das pirâmides se reduziram notavelmente, sem conhecer exactamente a causa.

Durante a V Dinastia surgem dois importantes elementos, a construção de um templo solar dentro da necrópoles e a inclusão de textos funerários na câmara funerária. O uso da pirâmide como lugar de enterramento se seguiu utilizando como posterioridade. Nas XII e XIII Dinastia se continuavam realizando este tipo de tumbas, apesar do uso de adobes e de entulhos de pedras para a construção do núcleo, os restos que permanecem não são muito especiais.

Os monarcas da XVII Dinastia foram os últimos a utilizar as pirâmides como lugar da sua última morada na necrópole de Dra Abu el-Naga. Apesar de não termos restos delas, sabe-se que eram de tamanho muito reduzido, cerca de 10 metros aproximadamente.


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